O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), lançou em 11 de janeiro de 2022, um novo indicador para medir a variação de preço dos aluguéis residenciais, o IVAR – Índice de Variação de Aluguéis Residenciais.
O índice será divulgado mensalmente e inicialmente foi calculado com base nos valores dos contratos novos de aluguéis residenciais, e valores de reajustes e renegociações de contratos já existentes, intermediados por administradoras de imóveis que firmaram parceria com a Fundação Getúlio Vargas – FGV, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
O objetivo é medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, e até mesmo, compará-lo com a variação de outros índices, como o IGP-M e o IPCA, que atualmente são os índices mais utilizados como referência para reajustes nos contratos de locação.
Segundo Paulo Picchetti, pesquisador do FGV IBRE e responsável pela metodologia do IVAR, “não se trata de mais um índice baseado na oferta de preços de aluguel, mas sim efetivamente de um índice dos preços praticados no mercado em contratos de aluguel” e que ele “foi feito exclusivamente para acompanhar a variação de aluguéis residenciais, havendo, portanto, uma correspondência direta com a dinâmica e os fundamentos do mercado imobiliário”.
Apesar do primeiro IVAR ter sido divulgado recentemente, o índice mostrou deflação em dezembro de 2021, e acumulou em 12 (doze) meses, variação negativa de 0,61% (zero vírgula sessenta e um por cento), enquanto o IGP-M e o IPCA permanecem em alta.
Piccheti avalia que, “o setor imobiliário foi profundamente afetado pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho” e que o “desemprego elevado sustentou negociações entre inquilinos e proprietários que resultaram, em sua maioria, em queda ou manutenção dos valores dos aluguéis, contribuindo para o recuo da taxa anual do índice.”
Já Luiz Guilherme Schymura, diretor do FGV IBRE, afirma que a intenção não é tornar o novo índice, o indexador dos contratos de aluguéis residenciais no País, mas sim, “colaborar com a sociedade brasileira ao disponibilizá-lo para que seja utilizado quando e nas circunstâncias que os agentes econômicos julgarem apropriadas”.
A equipe de Direito Imobiliário do Monteiro de Barros Advogados seguirá acompanhando as divulgações do IVAR, colocando-se desde já à disposição para maiores esclarecimentos.
